A Leitura e as Bibliotecas na Literatura

Fizemos, ao longo de anos, uma recolha sobre as referências à leitura e às bibliotecas nos livros que fomos lendo. Eis, aqui, algum do nossa dedicação como leitoras.

Anabela Fernandes e Cândida Batista

Comecemos pelo grande Alberto Manguel, o leitor de Luís Borges

«Toda a biblioteca é, necessariamente, uma criação incompleta, uma obra em curso ─ toda a estante vazia é um anúncio de livros por vir» Alberto Manguel , in A Biblioteca à noite


«O amor às bibliotecas, como a maioria dos amores, deve ser aprendido. Ninguém que pise pela primeira vez num aposento repleto de livros saberá instintivamente como se comportar nem o que se espera, o que se promete e o que é permitido. Há quem fique tomado de horror - diante da barafunda ou da vastidão, do silêncio, do lembrete zombeteiro de tudo que não sabemos, da vigilância -, e parte dessa sensação acachapante pode se perpetuar, mesmo depois que os rituais e as convenções foram aprendidos, que o território foi mapeado e que os nativos foram julgados amistosos.»Alberto Manguel, in A Biblioteca à noite

«Na minha juventude estouvada, enquanto meus amigos sonhavam com feitos heróicos nos domínios da engenharia e do direito, das finanças e da política nacional, eu sonhava em me tornar bibliotecário. A indolência e o gosto incontido pelas viagens quiseram que não fosse assim. Agora, porém, tendo atingido a idade de 56 anos (que, segundo Dostoiévski, em O idiota, é "a idade em que se pode dizer com justiça que a verdadeira vida começa"), voltei a meu antigo ideal e, embora não possa considerar-me um bibliotecário propriamente dito, vivo entre estantes que proliferam o tempo todo e cujos limites começam a se borrar ou a coincidir com os da própria casa. O título deste livro deveria ser Viagem à roda de meu quarto. Lamentavelmente, há mais de dois séculos o famigerado Xavier de Maistre tomou a dianteira. » Alberto Manguel, in A Biblioteca à noite


A leitura na Literatura

(alguns excertos de obras e autores consagrados)

EÇA DE QUEIRÓS, CONTOS

«E, pelo lado do pensamento, Jacinto não cessava também de buscar interesses e emoções que o reconciliassem com a vida- penetrando à cata dessas emoções e desses interesses pelas veredas mais desviadas do saber, a ponto de devorar, desde Janeiro a Março, setenta e sete volumes sobre a evolução das ideias morais entre as raças negróides. Ah! Nunca homem deste século batalhou mais esforçadamente contra a seca de viver! Debalde! Mesmo de explorações tão cativantes como essa, através da moral dos negróides, Jacinto regressava mais murcho, com bocejos mais cavos! (p.105, Conto Civilização)

CERVANTES, D. QUIXOTE

«Dormia ainda D. Quixote, quando o cura se dirigiu à sobrinha a pedir as chaves do quarto em que estavam os livros ocasionadores do malefício. Logo ela lhas deu da melhor vontade. Entraram na livraria, a governanta com eles, e acharam mais de cem grossos infólios, muito bem encadernados, e bastantes volumes pequenos.

A ama, assim que deu com os olhos neles, saiu muito à pressa do aposento, e voltou logo com uma tigela de água-benta e um hissope, e disse:

- Tome Vossa Mercê, senhor licenciado, regue esta casa toda com água benta, não ande por aí algum encantador, dos muitos que moram por estes livros, e nos encante a nós, em troca do que nós lhes queremos fazer a eles desterrando-os do mundo.

Riu-se da simplicidade da ama o licenciado, e disse para o barbeiro que lhe fosse dando os livros a um e um, para ver de que tratavam, pois alguns poderia haver que não merecessem castigo de fogo.» (volume I, CAPÍTULO VI, p. 71

UMBERTO ECO, O NOME DA ROSA

«A biblioteca estava cheia de segredos, e especialmente de livros que nunca tinham sido dados a ler aos monges. Bêncio tinha sido atingido pelas palavras de Guilherme sobre o exame racional das proposições. Ele achava que um monge estudioso tinha o direito de conhecer tudo aquilo que a biblioteca encerrava, disse palavras inflamadas contra o concílio de Soissons que tinha condenado Abelardo, e, enquanto falava, demo-nos conta que este monge ainda jovem, que se deleitava com a retórica, era agitado por frémitos de independência e que lhe custava a aceitar os vínculos que a disciplina da abadia punha à curiosidade do seu intelecto.» (p.129)


THOMAS MORE, UTOPIA

«Deixei-lhes (pois, quando da minha quarta viagem, levara no navio, em vez de mercadorias, um grande pacote de livros, pois me encontrava decidido a não voltar, ou a só voltar daí a muito tempo) a maior parte das obras de Platão, grande número das de Aristóteles e o livro de Teofrastos sobre as plantas, embora rasgado em diversos pontos, o que lamento imenso. Durante a viagem, um macaco apanhou-o, pois deixara-o inadvertidamente em qualquer lado, e, brincando com ele, arrancou-lhe algumas folhas e rasgou-as em pedaços.

Dos gramáticos, apenas lhes puder deixar Láscaris, pois não trouxera comigo Teodoro. Quanto a dicionários, deixei-lhes o de Hesychios e Dioscórides. Gostam muito da obra de Plutarco e encantam-se com a graça e o bom humor de Luciano. Dos poetas, deixe-lhes Aristófanes, Homero, Eurípedes e Sófocles, no pequeno formato das edições Aldo. Entre os historiadores ficam-lhes Tucídides, Heródoto e Herodiano.

O meu companheiro de viagem, Trícius Apinatus, levara com ele alguns livros de

medicina, pequenas obras de Hipócrates e o Michrotechne de Galeno, pelos quais têm grande estima. (pp.111-112)


UMBERTO ECO, A BIBLIOTECA

«E para terminar, o problema final; é preciso decidir se queremos proteger os livros ou dá-los a ler. Não estou a dizer que é preciso optar por dá-los a ler sem os proteger, mas também não se deve optar por protegê-los sem os dar a ler. E também não pretendo dizer que é preciso encontrar uma solução intermédia. O que é preciso, sim, é que um desses ideais prevaleça, depois logo se procurará fazer as contas com a realidade de modo a defender o ideal secundário. Se o ideal é fazer com que o livro seja lido, há que tentar protegê-lo o mais possível, embora sabendo os riscos que se correm. Se o ideal é protegê-lo, dever-se-á também tentar deixar que o leiam, embora sabendo os riscos que se correm.» (excerto da Conferência dada no dia 10 de Março de 1981 para comemorar os vinte e cinco anos de actividade da Biblioteca Municipal de Milão na sua sede do Palácio Sormani.)

JOSEPH BRODSKY, EXCERTO DE UM DISCURSO

«Como não existem leis que possam proteger-nos de nós próprios, nenhum código penal está em condições de prevenir os delitos contra a literatura, mesmo que possamos condenar a material supressão da literatura - perseguições aos escritores, uso da censura, fogueira de livros -, consideramo-nos impotentes diante do crime mais grave: a indiferença em relação aos livros, o desprezo pelos livros, a não - leitura. Por este delito cada pessoa paga com toda a sua vida; e, se o delito é cometido por uma nação inteira, a nação o paga com a sua história.»


DEANA BARROQUEIRO, D. SEBASTIÃO

«O mestre de leitura sorriu de contentamento e atreveu-se a sugerir:

- Sua Alteza pode ser induzido a ler romances de cavaleiros e guerreiros, lendas de reis e heróis antigos, a estudar as crónicas e os feitos dos seus antepassados...

Sentia-se profundamente grato a Deus e ao padre Câmara pelo privilégio daquele cargo de mestre de leitura, um mester de pouca procura na cidade de Lisboa que, apesar de ser a capital do reino, se contentava com trinta e quatro mestres de leitura e sete mestres de gramática para toda a população que, por outro lado, podia contar com os florescentes serviços dos seus duzentos taverneiros.». (pp.62-63)[7]


LEONARDO PADURA, A NEBILNA DO PASSADO

«Na noite anterior à partida para Miami, depois de receber as duas velhas bolas de baseball que lhe eram devidas na repartição de bens efectuada pelo amigo, recordaram a tarde fabulosa em que Miguelito tinha encontrado a solução perfeita para investir a sua imaginária fortuna: se tivesse dinheiro, muito dinheiro, tinha dito o rapaz, comprava uma varinha mágica. Agora, de pé no centro da biblioteca que teria desejado levar consigo, Mario Conde pensou se a melhor solução para a sua ambição livresca não teria sido a posse daquela varinha mágica de Miguelito Nariz Chato, um simples pedacinho de madeira extraída de certos bosques da Escócia, mas dotado do poder de transferir para a sua casa, com um simples rodar do pulso, todos e cada um daqueles livros, com a sua carga de sabedoria e beleza, compêndio e soma de duzentos anos de literatura e do pensamento do país despropositado onde tivera a sorte de nascer e a obstinação de permanecer, apesar dos pesares.».

LUIS SEPÚLVEDA, O VELHO QUE LIA ROMANCES DE AMOR

«-- Olha, com toda a confusão do morto já quase me esquecia. Trouxe-te dois livros.

Os olhos do velho iluminaram-se.

- De amor?

O dentista fez que sim. Antonio José Bolívar Proaño lia romances de amor, e em cada uma das suas viagens o dentista abastecia-o de leitura.

- São tristes? - perguntava o velho.

- De chorar rios de lágrimas - garantia o dentista.

- Com pessoas que se amam mesmo?

- Como ninguém nunca amou.

- Sofrem muito?

- Eu quase não consegui suportar - respondia o dentista.

Mas o doutor Rubicundo Loachamín não lia os romances.

Quando o velho lhe pediu o favor de lhe trazer leitura, indicando muito claramente as suas preferências - sofrimentos, amores infelizes e desfechos felizes -, o dentista sentiu que estava perante um encargo difícil de cumprir.» (pp24-26)


ANTONIO SKARMETA, O CARTEIRO DE PABLO NERUDA

«Com o primeiro salário, pago como é costume no Chile com mês e meio de atraso, o carteiro Mario Jiménez adquiriu os seguintes bens: uma garrafa de vinho Cousiño Macul Antiguas Reservas, para o pai; um bilhete para o cinema, graças ao qual saboreou West Side Story com Natalie Wood incluída; um pente de aço alemão no mercado de San Antonio, a um quinquilheiro que os oferecia com o estribilho: "A Alemanha perdeu a guerra, mas não a indústria. Pentes inoxidáveis marca Solingen"; e a edição Losada das Odes elementares do seu cliente e vizinho Pablo Neruda.» (p.16)

COLLODI, AS AVENTURAS DE PINÓQUIO

«Canta à vontade, meu Grilo, como te parecer e agradar: mas eu sei que amanhã de madrugada, quero ir-me embora daqui, porque se fico, me vai acontecer o que acontece a todos os outros rapazes, ou seja, vão mandar-me à escola e, a bem ou mal, terei de estudar; e eu, para te falar com franqueza, não tenho vontade nenhuma de estudar e divirto-me mais a correr atrás das borboletas e a subir às árvores para tirar os passarinhos dos ninhos.

- Pobre patetinha! Mas então não sabes que, procedendo dessa forma, quando fores grande, ficarás um grandíssimo burro e todos farão pouco de ti?» (p.25)

«- Prometo que vou à escola, que hei-de estudar e hei-de fazer ver a toda a gente...» (p.34)

«Para te agradecer tudo o que fizeste por mim, disse Pinóquio ao pai -, quero ir já à escola....

- A propósito - acrescentou o boneco -, para ir à escola continua a faltar-me uma coisa: falta-me mesmo o mais importante e o melhor.

- O que é?

Falta-me o livro de leitura.

(..)

Voltou pouco depois, trazendo nas mãos o livro de leitura para o seu filho, mas o casaco já não o trazia. O pobre homem estava em mangas de camisa, e lá fora nevava.

- E o casaco, pai?

- Vendi - o.

- Porque o vendeste?

- Porque tinha calor. » (pp.35 - 36) As Aventuras de Pinóquio, Collodi,1990, 2ª edição, Publicações Europa- América

BRIAN SELZNICK, A INVENÇÃO DE HUGO CABRET

«- Bem, gostei de te conhecer, Hugo-disse Etienne. Depois foi tentar encontrar o livro que procurava. Hugo encaminhava-se para a porta com o intuito de sair, mas a livraria era quente e sossegada. Os montes de livros oscilantes fascinavam-no. Por isso, decidiu dar uma vista de olhos por um minuto.» (p.187)

ALTINO DO TOJAL, OS MELHORES CONTOS OS PUTOS

«Depois da aula, minha tia passava o resto da tarde a ler, à sombra duma roseira, perto da velha escola.» (p.7)

«Ler à sombra da tal roseira ainda era, contudo, o supremo deleite de minha tia.» (Conto " Que Pena!..." ) (p.10)

«Minha tia levava-me consigo. Trocar a cidade resplandecente por aquela aldeiazinha primitiva era acontecimento deveras excitante para os meus sete anos já fecundos em leituras, pois sabia que nos campos e nas matas tinham os gnomos, as fadas, os centauros e outras criaturas mágicas o seu poiso natural.» ( p.108)

«- Nunca fostes roubar cerejas?

- Não.

- E figos?

- Também não.

- E interros, já fostes a interros?

- Não. Mas leio livros» (Conto "Do Fundo do Tempo" , p.111)


DANIEL PENNAC, COMO UM ROMANCE

«Porque mais instrutivos ainda do que os modos de tratar os livros, são os modos de ler. Em matéria de leitura, nós, os «leitores», temos todos os direitos, a começar pelos que recusamos aos jovens que pretendemos iniciar na leitura.

1) O direito de não ler.

2) O direito de saltar páginas.

3) O direito de não acabar um livro.

4) O direito de reler.

5) O direito de ler não importa o quê.

6) O direito de amar os «heróis» dos romances.

7) O direito de ler não importa onde.

8) O direito de saltar de livro em livro.

9) O direito de ler em voz alta.

10) O direito de não falar do que se leu.» (p.139)


FERNANDO PESSOA, LIVRO DO DESASSOSSEGO

«A literatura, que é a arte casada com o pensamento, e a realização sem a mácula da realidade, parece-me ser o fim para que deveria tender todo o esforço humano, se fosse verdadeiramente humano, e não uma superfluidade do animal. Creio que dizer uma coisa é conservar-lhe a virtude e tirar-lhe o terror. Os campos são mais verdes no dizer-se do que no seu verdor. As flores, se forem descritas com frases que as definam no ar da imaginação, terão cores de uma permanência que a vida celular não permite.» [trecho 27] (p.63)[15]

ALBERTO MANGUEL, UMA HISTÓRIA DA LEITURA

«Todos nos lemos a nós próprios e ao mundo à nossa volta para vislumbrarmos o que somos e onde estamos. Lemos para compreender ou para começar a compreender. Não podemos deixar de ler. Ler, quase tanto como respirar, é uma das nossas funções vitais» (p.21) Alberto Manguel in Uma História da Leitura, Lisboa: Presença, 1999

CARL SAGAN, COSMOS

«A maior maravilha de Alexandria era a sua biblioteca e o museu que lhe estava associado (literalmente uma instituição dedicada às especificidades das Nove Musas).

Dessa biblioteca lendária, tudo o que resta hoje é uma cave subterrânea húmida e esquecida do Serapeu, o anexo da biblioteca, um antigo templo posteriormente consagrado à sabedoria. Umas poucas prateleiras bolorentas são talvez os seus únicos restos físicos. No entanto, este lugar foi em tempos o cérebro e a glória da mais importante cidade do planeta, o primeiro verdadeiro instituto de investigação da história do mundo. (...) Em Alexandria viveu uma comunidade de sábios, exploradores de física, literatura, medicina, astronomia, geografia, filosofia, matemática, biologia e engenharia. A ciência e a sabedoria tinham atingido a maioridade. O génio floresceu aqui.» (p.42)

«Um livro é feito de uma árvore. É um conjunto de partes lisas e flexíveis (que ainda se chamam folhas) impressas em caracteres de pigmentação escura. Dá-se uma vista de olhos e ouve-se a voz de outra pessoa - talvez alguém que já tenha morrido há milhares de anos.» Carl Sagan, in Cosmos (1997)

Daniel Pennac

« (...) é preciso ler, é preciso ler para viver; aliás, a absoluta necessidade de ler é o que nos distingue do animal, do bárbaro, do ignorante, do sectário histérico, do ditador triunfante, do materialista bulímico. É preciso ler! É preciso ler!

- Para aprendermos.

- Para termos sucesso nos estudos.

- Para estarmos informados.

- Para sabermos de onde vimos.

- Para sabermos quem somos.

- Para conhecermos melhor os outros.

- Para sabermos para onde vamos.

- Para conservarmos a memória do passado.

- Para esclarecermos o nosso presente.

- Para aproveitarmos experiências anteriores

- Para não repetirmos os erros dos nossos antepassados.

- Para ganharmos tempo.

- Para nos evadirmos.

- Para darmos um sentido à vida.

- Para compreendermos os fundamentos da nossa civilização.

- Para mantermos viva a nossa curiosidade.

- Para nos distrairmos.

- Para estarmos informados.

- Para nos cultivarmos.

- Para comunicar.

- Para exercermos o nosso espírito crítico.» (pp.68-69) Como um Romance, Daniel Pennac, Edições Asa, 5ªedição,1995

«Uma leitura bem conduzida salva de tudo, mesmo de nós próprios. E acima de tudo, lemos contra a morte.» (p.78) Daniel Pennac, Edições Asa, 5ªedição,1995

Bill Gates

«Os meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.» Bill Gates

José Jorge Letria

«(...)A leitura deve ser saboreada como um gelado de manga e baunilha, como uma tarte de pêssego ou como o primeiro beijo de uma namorada.(...)» José Jorge Letria

«(...) Há livros que nos embalam tanto como verdadeiros casos de paixão e (...) há livros que podem transformar uma vida com as ideias ou as histórias que os habitam.» José Jorge Letria

«Quem não lê, mal fala, mal ouve, mal vê.» Monteiro Lobato (1882-1948) Escritor Paulista

José Eduardo Agualusa


«Há muitos anos viveu na Pérsia um grão-vizir - nome dado naquela época aos chefes dos governos -, que gostava imenso de ler. Sempre que tinha de viajar ele levava consigo quatrocentos camelos, carregados de livros, e treinados para caminhar em ordem alfabética. O primeiro camelo chamava-se Aba, o segundo Baal, e assim por diante, até ao último, que atendia pelo nome de Zuzá. Era uma verdadeira biblioteca sobre patas. Quando lhe apetecia ler um livro o grão-vizir mandava parar a caravana e ia de camelo em camelo, não descansando antes de encontrar o título certo.» José Eduardo Agualusa, "Sábios como camelos", in Estranhões & Bizarrocos, Publicações D. Quixote (2000), uma das dez histórias que integram o inesquecível livro Estranhões & Bizarrocos [Estórias para adormecer anjos].

Marcel Proust

«Não há talvez dias da nossa infância que tenhamos vivido tão plenamente como aqueles que acreditámos ter deixado de viver, aqueles que passávamos com um livro preferido.'» (p.5) Marcel Proust, O Prazer da Leitura, Teorema, 2011


Heinrich Heine

«Onde quer que livros sejam queimados, os homens serão também, eventualmente, queimados.» Heinrich Heine



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